Seu filho é um comedor seletivo?. Aproveite as férias para descobrir e mudar os hábitos alimentares das crianças. Problema que começa no cadeirão e afeta 50% dos pequenos pode comprometer crescimento e se transformar em obesidade infantil.
Alimentar e simultaneamente agradar às crianças não é tarefa simples, ainda mais com tantas opções de guloseimas.
Se você costuma ouvir a palavra não com frequencia à mesa, talvez seu filho faça parte do universo dos comedores seletivos, comportamento alimentar que afeta cerca de 50% das crianças.
"Eles costumam rejeitar determinados alimentos, principalmente os mais saudáveis, e pulam as refeições em troca de petiscos calóricos, industrializados e pouco nutritivos.
Também poder criar aversão por alimentos que antes gostavam e evitam provar novidades", diz a nutricionista Adriane Alves Marchisete, do Hospital Infantil Sabará.
Como esse tipo de comportamento deve ser combatido, alertam os pediatras, para que a criança não se torne obesa ou posteriormente um adolescente seletivo, nada melhor do que o mês de férias para reeducar os pequenos.
"Com tempo livre, os pais podem supervisionar o conteúdo, a diversidade e o horário das refeições.
É só assim, com paciência e calma, que a criança ampliará seus horizontes alimentares. Não adianta impor o cardápio à força", aconselha a especialista.
Nos primeiros anos de vida, a seletividade é comum. Acostumadas com alimentos líquidos, pastosos e sem tempero, as crianças têm de se adaptar ao novo cardápio.
"Depois da fase de amamentação, após os seis meses, é importante que tenham à disposição um cardápio variado, é uma forma de se acostumarem a doce, salgado, azedo, frio e quente, tomando cuidado com os alimentos industrializados (ricos em corantes e conservantes)", ressalta.
Na lista de alimentos rejeitados, as verduras, os legumes, as frutas, os grãos e as carnes são os campeões.
"Uma pena porque são esses os alimentos essenciais para fortalecer a imunidade, formar músculos e ossos, contribuir para o desenvolvimento intelectual, entre outros benefícios ao organismo", diz a nutricionista.
Brincar com as cores e formas dos alimentos, alterar o tempero, aroma e cor, além de evitar pratos exagerados são atitudes que costumam dar certo.
Algumas crianças sentem repulsa pela consistência de alguns alimentos, às vezes, a mudança no preparo soluciona o problema.
"Se eles não gostam de purê, por exemplo, sirva a batata cozida, mais durinha. Se não gostam de bife, opte por carne moída ou almôndegas", recomenda.
Como os pais são espelhos, outra dica importante é dar bom exemplo. "Além de fazer pratos iguais, experimente os alimentos na frente das crianças para ela imitar o comportamento. Não obrigue os pequenos a comer nada.
Só vai ganhar a batalha se tiver paciência e calma", finaliza.
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